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Por que os juros altos são um problema maior do que você imagina?

Selic elevada e gastos públicos ineficientes geram preocupações entre economistas. Mudanças estruturais são urgentes para evitar agravamento da crise fiscal e melhorar a entrega de serviços à população.

A Selic está em 15% ao ano e o Comitê de Política Monetária (Copom) garante que a taxa seguirá nesse patamar pelo tempo necessário. Para fiscalistas, essa taxa alta é resultado de problemas fiscais acumulados em cinco anos.

Cabe destacar que os juros altos impactam não apenas quem toma crédito, mas também os serviços públicos essenciais.

Eduardo Giannetti, economista, afirma que a carga tributária bruta é de cerca de 34% do PIB, refletindo um terço da riqueza do país. Apesar disso, as contas do governo não se equilibram e 23% do PIB são gastos com Previdência e pagamento de juros da dívida pública.

Giannetti alerta: sem a redução dos juros elevados, essa situação pode levar à deterioração econômica e menos recursos para políticas públicas.

A economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi, destaca que a situação fiscal é estruturalmente deficitária. O governo central sempre registra um déficit de cerca de 1% do PIB.

Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional, observa que a desaprovação do governo Lula continua crescendo, mesmo com taxas de desemprego em mínimas históricas.

Os especialistas concordam que mudanças são necessárias nas regras constitucionais, pensadas na década de 1980, que geram um aumento automático das despesas públicas.

Giannetti sugere reavaliar a indexação de benefícios sociais ao salário mínimo, argumentando que isso não faz mais sentido econômico.

Para Vescovi, a revisão dos programas sociais é crucial, dada sua ineficiência nos dias atuais. A solução está em transformar esses programas para que sejam mais eficientes e impactantes.

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