Por que os negociadores de petróleo fizeram os preços cair, em vez de subir, durante conflito entre EUA, Israel e Irã
Após os ataques do Irã, o preço do petróleo sofre a maior queda em quase três anos. Traders reagem rapidamente, vendendo em vez de comprar, ao interpretarem que a escalada de tensões não afetará a infraestrutura petrolífera.
Ataques do Irã a base dos EUA no Qatar geram reações rápidas no mercado de petróleo.
Na segunda-feira (23), após lançamentos de mísseis, traders vendem rapidamente, com o preço do Brent caindo 7,2% para US$ 71,48, a maior queda em quase três anos.
O mercado reagiu surpreendentemente, acreditando que os ataques reduziriam tensões, em vez de aumentá-las. Jorge Montepeque, analista da Onyx Capital, destacou que a base estava vazia, prevendo que os mísseis eram simbólicos.
Imagens de satélite mostraram a remoção de aviões americanos antes do ataque. Analistas observaram que o petróleo e gás continuaram a fluir, com o Irã aumentando suas exportações.
As reações anteriores aos conflitos também foram notáveis. Após ataques aéreos israelenses, os preços subiram até 5,5%, mas caíram ao surgirem indícios de paz. Traders focaram na segurança do Estreito de Hormuz como indicador de risco.
A Opep+ elevou produção, enquanto analistas preveem excesso de petróleo no mercado até o final do ano, pressionando os preços para uma possível queda abaixo de US$ 60. A liquidação seguiu após um cessar-fogo, com o Brent caindo novamente 6,1%.
Flutuações acentuadas de preço foram atribuídas a posicionamentos em opções e venda de futuros. O sentimento é de que o Irã não pode mais escalar a situação, afetando diretamente a China, seu principal aliado.