Por que sete países da África entraram na lista de restrições de viagem dos EUA
Estados Unidos impõem restrições de viagem a sete países africanos devido a preocupações com terrorismo e permanência irregular. Críticas surgem quanto à punição coletiva e à eficácia das medidas adotadas.
Sete países africanos foram incluídos na nova lista de restrições de viagens dos Estados Unidos, anunciada na quarta-feira, 4, pelo governo Trump.
Os países afetados são:
- Chade
- Guiné Equatorial
- Eritreia
- Líbia
- Somália
- República do Congo
- Sudão
Essas nações possuem características diversas, com algumas tendo regimes democráticos e outras sob governo militar.
A restrição consiste em um banimento de entrada para cidadãos desses países, justificando-se pela presença significativa de terrorismo e a alta taxa de permanência irregular de vistos.
Historicamente, Chade, Somália e Sudão enfrentam ameaças terroristas constantes. No entanto, países como Mali e Níger não foram restritos.
Dados de 2023 mostram que:
- Chade: 49% de permanência irregular
- Guiné Equatorial: 33%
- República do Congo: 30%
Apesar desses dados, os números absolutos ficaram abaixo de 5 mil pessoas entre os sete países. Nações como Jamaica tiveram mais do que o dobro sem restrições.
Analistas, como Bright Simons do think tank IMANI, criticaram a medida, alegando que punem países inteiros por ações de uma minoria. Ele sugere que uma alternativa seria exigir depósitos financeiros ao solicitar visto, prevenindo estigmas nacionais.