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Por que tantas empresas estão deixando a B3 e outras estão recomprando ações?

Cenário de fechamento de capital e recompra de ações destaca oportunidades no mercado brasileiro. Análises do Bradesco BBI indicam que movimentos estratégicos podem sinalizar pressões de valuation atraentes para investidores.

Aumento de Fechamentos de Capital no Brasil

Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro tem visto um aumento no fechamento de capital e transferência de ações da B3 para bolsas no exterior, como demonstrado por Carrefour Brasil e Cielo.

Essa tendência, embora surpreendente, reflete decisões estratégicas e financeiras. Ao mesmo tempo, o número de programas de recompra de ações tem crescido, com mais de 120 empresas anunciando iniciativas em 2025, sugerindo que os papéis podem estar subavaliados.

O Bradesco BBI observa que a combinação de fechamentos de capital e aumento nas recompras indicam que o mercado pode estar subestimando ativos, apresentando oportunidades para investidores, especialmente para controladores que conhecem a fundo as empresas.

Recentemente, o Brasil teve aquisições relevantes, como:

  • Santos Brasil (STBP3): oferta da CMA CGM a R$ 13,60 por ação.
  • Wilson Sons (PORT3): vendida para a italiana MSC Mediterranean Shipping Company.
  • Carrefour Brasil: saiu da B3 em maio de 2025, se tornando subsidiária do grupo francês.
  • JBS: listada na Bolsa de Nova York, agora comercializada apenas via BDRs na B3 com o código JBSS32.

O BBI destaca que nove companhias listadas na B3 têm controladores estrangeiros com participação média de 54%. Empresas como Inbev e Telefónica exemplificam multinacionais focadas com valorizações mais altas.

Embora o número de listagens na B3 tenha caído 13% nas últimas duas décadas, o BBI acredita que as preocupações sobre a relevância da Bolsa brasileira são exageradas, pois observa padrões semelhantes globalmente e inclui as 17 empresas brasileiras que abriram capital nos EUA recentemente.

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