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Por que Trump quer 'enfraquecer' o dólar? E por que isso pode dar (muito) errado?

Rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s gera preocupações sobre a credibilidade do dólar e possíveis impactos na economia global. Especialistas alertam para os riscos de um dólar mais fraco, que pode estimular a indústria americana, mas prejudicar a estabilidade financeira.

Moody’s rebaixou a nota de crédito soberano dos Estados Unidos. Isso indica que o governo norte-americano não é mais tão confiável, prevendo-se um enfraquecimento do dólar.

Embora isso pareça contrário ao esperado, pode se alinhar com os objetivos de Donald Trump, que visa um dólar menos valorizado para aumentar a competitividade da economia americana. A meta é aumentar exportações e reduzir importações.

Com um dólar mais fraco, produtos “Made in USA” se tornam mais acessíveis no exterior, fortalecendo a indústria. Especialistas afirmam que isso pode ser taticamente vantajoso, tornando os EUA mais atraentes para investimentos estrangeiros.

Desde a posse de Trump, o dólar caiu 6% frente ao real, 7% em relação ao euro e mais de 8% em comparação ao DXY, índice que mede o dólar diante de outras moedas.

Contudo, perdas de credibilidade do dólar como moeda global podem adicionar instabilidade ao sistema financeiro mundial. Igliori observa que não há outra moeda capaz de substituir o dólar, mas há riscos de mudanças significativas no cenário internacional.

Um dólar fraco pode trazer inflação nos EUA, encarecendo produtos importados. A perda de prestígio do dólar pode beneficiar China, euro e até ouro. Contudo, a volatilidade e a fuga de capitais são esperadas.

Embora a ideia de um dólar mais fraco se alinhe à visão protecionista de “America First”, especialistas alertam que isso pode minar a posição dos EUA no sistema financeiro global.

O declínio do dólar já era registrado antes de Trump, devido a questões fiscais e gastos altos do governo. Enquanto o governo promove mudanças para gerar economias, o ajuste das contas públicas é considerado crucial por especialistas.

O “Acordo de Mar-a-Lago” discute desvalorização do dólar em troca de segurança militar e crescimento industrial. As tarifas comerciais são usadas para atingir esses objetivos, tornando o dólar mais aceitável globalmente.

O assunto seguirá relevante e os investidores devem preparar-se para possíveis impactos.

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