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Por que últimos dados de importação deram más notícias para Usiminas, Gerdau e CSN

Queda nas importações de aços planos e crescimento nas exportações de celulose e minério de ferro marcam o cenário econômico de junho. Expectativas de pressão sobre preços e novas investigações antidumping por parte do governo também são destaque.

Dados de Junho de 2025 são divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) com informações importantes sobre importações e exportações.

As importações de aço recuaram, com uma queda de 12% nos aços planos. Mais especificamente, a categoria de vergalhões de aço BQ cresceu 25%.

Segundo a XP, a queda se deve à transição do sistema de quotas-tarifas, encerrado em maio e reimplementado no final de junho.

As exportações de celulose cresceram 17% anualmente, mas recuaram 7% em relação ao mês anterior, impulsionadas pelo desempenho da Suzano (SUZB3).

No setor de mineração, as exportações de minério de ferro aumentaram 10% ano a ano, com o porto de Tubarão crescendo 24%. Em Ponta da Madeira, os embarques ficaram estáveis, com leve queda de 1%.

O BBI prevê que, se os dados de demanda de junho mantiverem níveis de maio, a penetração das importações de aços planos deve cair de 32% para 29%, enquanto a de aços longos pode subir para 13%.

As importações acumuladas em 2025 totalizam 3,1 milhões de toneladas, representando um aumento de 16% em relação ao recorde de 2010.

Os analistas destacam que, apesar do novo sistema de cotas, as importações devem continuar elevadas, prevendo pressão nos preços no setor siderúrgico no segundo semestre de 2025.

O Decom iniciou investigações antidumping sobre fio-máquina e produtos laminados a quente, com conclusão prevista para março/abril de 2026.

Além disso, cada variação de 1% nos preços do aço pode afetar o Ebitda anual das empresas entre 2% e 10%, sendo Usiminas (USIM5) a mais sensível.

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