Por que Virgínia Fonseca foi chamada à CPI das Bets no Senado?
Virgínia Fonseca será ouvida na CPI das Bets sobre sua influência nas apostas online. A convocação destaca a preocupação com a ética nas campanhas publicitárias e o impacto delas no comportamento do consumidor.
Virgínia Fonseca, influenciadora digital, é esperada para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado, nesta terça-feira, 13. A CPI investiga o impacto das plataformas de apostas no orçamento das famílias e possíveis conexões com crimes financeiros.
Com mais de 53 milhões de seguidores no Instagram e contratos milionários, Virgínia é uma figura de destaque no mercado digital. A convocação foi feita pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke, em novembro de 2024, destacando seu papel na promoção de jogos de azar.
A CPI busca entender como essas campanhas publicitárias atraem novos apostadores e avaliar a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa.
Além de influenciadora, Virgínia é empresária, fundadora da WePink e atua também com a Maria's Baby e a Talismã Digital. Seu faturamento em 2023 foi de R$ 325 milhões.
Controvérsias cercam sua imagem, devido a críticas por publicidade excessiva e falta de clareza nas postagens patrocinadas. A convocação ganhou destaque após uma reportagem da Revista Piauí sobre seu contrato com a plataforma Esportes da Sorte, onde Virgínia recebeu R$ 50 milhões de adiantamento, gerando debates éticos.
Atualmente, ela tem um contrato de R$ 29 milhões anuais com a Blaze, mantendo um modelo de remuneração controversial. Outros influenciadores também estão envolvidos em contratos semelhantes, elevando a discussão sobre ética na publicidade.
A CPI também convocou personalidades como Felipe Prior e solicitou relatórios sobre operações suspeitas envolvendo influenciadores, incluindo a advogada Deolane Bezerra, presa em 2024 por apostas ilegais.
Durante o depoimento, Virgínia será questionada sobre seus contratos e o impacto de sua influência, embora tenha obtido autorização para permanecer em silêncio em perguntas que possam incriminá-la.