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Por que Wimbledon demitiu os 'juízes de linha mais bem vestidos' do tênis

A substituição dos juízes de linha por tecnologia em Wimbledon marca uma mudança histórica na arbitragem do torneio. Fãs e jogadores se adaptam à nova dinâmica, enquanto as tradições da quadra verde são desafiadas.

Thomas SweeneyPauline Eyre encontraram sua vocação como juízes de linha no tênis por razões particulares: um sanduíche grátis e a chance de estar em Wimbledon. Atualmente, juízes de linha podem ganhar até 200 libras por dia, mas as motivações vão além do financeiro.

A experiência de ser juiz de linha, como estar perto de grandes tenistas, é considerada impagável. O presidente da Associação Britânica dos Árbitros de Tênis destaca sobre os uniformes elegantes que representam o torneio.

Contudo, a tradição de ter juízes de linha em Wimbledon acaba este ano, substituídos pela arbitragem eletrônica. Essa mudança marca a primeira vez em 148 anos que juízes de linha não estarão presentes no torneio, o que gera opiniões divididas.

Novak Djokovic e outros tenistas já se adaptaram à nova realidade. Paul Hawkins, inventor do Hawk-Eye, afirma que o sistema atual perdeu parte da emoção original, mas permite maior agilidade no jogo.

A ausência dos juízes de linha reduz os alvos para frustrações dos jogadores, mas cerca de 80 deles ainda estarão presentes como assistentes de jogo. Os juízes de linha têm tido suas oportunidades reduzidas, com a maioria dos torneios adotando tecnologia moderna.

A arbitragem eletrônica levanta questões quanto à qualidade da arbitragem no futuro. A trajetória dos novos árbitros se transformou, com treinamentos más integrados.

Atenções também se voltam à comunicação da tecnologia: as vozes das chamadas automáticas podem gerar confusão, como ocorreu em outros torneios. Eyre sugere que personalidades famosas, como McEnroe, poderiam ser uma adição interessante.

A dúvida persiste: com o avanço da tecnologia, será que os árbitros principais também correm o risco de ser substituídos no futuro?

Thomas Sweeney acredita que sempre haverá a necessidade do elemento humano onde a tecnologia falha, enfatizando a importância da empatia no jogo. Apesar da mudança na dinâmica, ele garante que a equipe ainda é forte, mesmo com menos pessoas em quadra.

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