Porsche planeja novos cortes para lidar com tarifas dos EUA e demanda fraca na China
Porsche enfrenta desafios no mercado global e planeja cortes de custos para garantir sua lucratividade. A fabricante busca se ajustar diante da queda nas vendas na China e do aumento das tarifas nos EUA.
Porsche alerta funcionários sobre reduções de custos devido ao declínio das vendas na China e aumento das tarifas nos EUA.
O CEO Oliver Blume anunciou que a empresa iniciará negociações sobre cortes adicionais no segundo semestre deste ano, após já ter reduzido o número de funcionários no início de 2023.
Blume afirmou: “Nosso modelo de negócios, que nos serviu bem por muitas décadas, não funciona mais em sua forma atual.”
A demanda por veículos elétricos está abaixo do esperado, e as vendas no setor de luxo na China enfrentam forte competição.
Nos EUA, onde a Porsche depende exclusivamente de importações, as medidas comerciais impactaram negativamente as margens.
Blume destacou: “Tudo isso está nos afetando muito - mais do que muitos outros fabricantes de automóveis.”
A empresa previu um caminho difícil para as vendas em 2023, impulsionado pela desaceleração nos EUA e a fraqueza persistente na China.
Os cortes visam melhorar a lucratividade e alcançar uma margem operacional de 15% a 17% no médio prazo, em comparação aos 8,6% do primeiro trimestre.
A Porsche segue o exemplo da Volkswagen na redução de custos na Alemanha, onde a mão de obra e a energia são dispendiosas.
A Volkswagen já acordou com os sindicatos a cortar 35.000 funcionários nos próximos cinco anos.