Portugal deporta mãe brasileira e a separa de seus dois filhos menores
Mãe brasileira é deportada de Portugal, separando-se de seus dois filhos, que permanecem sob os cuidados do pai em Cascais. A família enfrenta dificuldades com a imigração portuguesa, enquanto tenta reaver a reunificação familiar na Justiça.
Polícia de Segurança Pública (PSP) deportou na tarde de quarta-feira (20) uma mãe brasileira de Lisboa para o Brasil, separando-a de seus dois filhos, de 8 e 6 anos, que permanecem com o pai em Cascais.
A família mora em Portugal há dois anos e meio. A deportação ocorreu após um agente de imigração afirmar que a mãe não tinha autorização para permanecer no país, após um retorno de férias.
O marido, Hugo Silvestre, relatou que a mãe havia descumprido o prazo de 180 dias de permanência. Ambos informaram que estão em processo de regularização junto à Agência para a Integração Migrações e Asilo (Aima), que não respeitou os prazos legais.
Hugo possui um título de residência e solicitou o reagrupamento familiar, mas o pedido foi negado pela Aima. A Justiça concedeu uma liminar para que a documentação fosse emitida, mas a Aima alegou que Hugo havia sido atendido anteriormente.
Mesmo com a documentação judicial, a mãe foi levada para a sala de detenção no aeroporto. Hugo descreveu a situação como "arbitrária" e "cruel", pois a polícia não permitiu que ele entregasse pertences pessoais à mulher antes da deportação.
A deportada passou por experiências "vexatórias" no Brasil, onde teve que relatar sua situação à Polícia Federal e na alfândega. A família, agora separada, busca judicialmente o direito de se reunir novamente em Portugal.
Hugo, advogado, está amparado pelo artigo 81.5 da Lei de Estrangeiros, visando a reunificação familiar. Ele expressou: "Minha vida está no país. Não desistirei de Portugal."