Portugal vota para eleger novo parlamento com alta abstenção como desafio
A participação dos eleitores nas eleições legislativas antecipadas de Portugal se mantém em níveis semelhantes aos de pleitos anteriores, mas preocupa autoridades devido à possibilidade de alta abstenção. Fatores como a fatiga do eleitorado e eventos externos, como jogos de futebol, podem influenciar a mobilização nas urnas.
Participação nas Eleições Legislativas de Portugal
Até às 12h (8h do Brasil) neste domingo (18), 25,5% dos eleitores votaram nas eleições legislativas antecipadas de Portugal, nível similar às eleições anteriores.
A abstenção é preocupante para autoridades, devido a fatores como a fadiga do eleitorado, concorrência com eventos esportivos e bom clima. Filipa Raimundo, do ISCTE, destaca que a repetição de eleições pode desmotivar os eleitores.
Na noite anterior, a celebração do título do Sporting mobilizou multidões em Lisboa. Ao verificar mesas de votação, o fluxo era baixo. A aposentada Maria Aparecida Santos comentou que “talvez muitos nem venham votar”.
O presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou à participação, mencionando a instabilidade global, e ressaltou que não votar seria como “meter a cabeça na areia”.
Eleições anteriores registraram alta abstenção, com exceção da de 1975, que teve 92% de participação. A corrida pelo voto antecipado foi significativa, com 333 mil registros, o maior da história.
Principais Candidatos
- Luis Montenegro (PSD) destacou a importância do voto após sua votação.
- Pedro Nuno Santos (PS) reforçou que a democracia depende da participação.
- André Ventura (Chega) também apelou ao voto, apesar de problemas de saúde recentes.
O partido Chega cresceu rapidamente, mas enfrenta resistência dos principais partidos. A crise política em Portugal pode motivar a mobilização dos eleitores, especialmente após o recente escândalo do premiê.
Comentando a situação, a analista política Carmo Afonso afirmou que “ninguém, exceto Luís Montenegro, queria ir para eleições”, referindo-se ao cenário conturbado que culminou neste pleito.
Contexto Político
O escândalo envolvendo o premiê derrubou o governo e levou a novas eleições. A professora Filipa Raimundo observa que a necessidade de uma solução estável pode convencer os eleitores a se mobilizarem mais.
O ex-primeiro-ministro António Costa, após renunciar em 2023, é lembrado pelas dificuldades enfrentadas em seu governo. O cenário atual é incerto, mas a pressão por estabilidade continua.