Portuguesa tem falhas contábeis em recuperação judicial
Relatório aponta inconsistências financeiras na recuperação judicial da Portuguesa, destacando ausência de dados da SAF. A Justiça ainda deve se posicionar sobre a situação contábil e os próximos passos do processo.
Relatório mensal do administrador do processo de recuperação judicial da Portuguesa aponta problemas nas demonstrações contábeis.
No documento apresentado à Justiça em 6 de maio de 2025, há questionamentos sobre a ausência de dados financeiros da SAF (Sociedade Anônima de Futebol), cuja criação enfrenta críticas.
O administrador judicial destaca:
- O investimento da Portuguesa na SAF não foi reconhecido em seus livros contábeis.
- O resultado da equivalência patrimonial, referente à quota de participação, não foi registrado.
- O acesso a dados financeiros da SAF é inexistente, tornando-a um ativo relevante para a recuperanda.
A Justiça ainda não se manifestou sobre o parecer e os próximos passos da recuperação judicial, que visa evitar a falência da empresa.
A recuperação acontece em meio a uma disputa em torno da SAF. O conselheiro Daniel Gil Gomes tenta anular a assembleia que autorizou a sociedade, por alegar que o processo desrespeitou o estatuto do clube.
Atualmente, a Portuguesa detém 20% da SAF, enquanto a Tauá Partners controla 80%. O balanço de 2023 revela uma dívida de R$ 604 milhões, mas o pedido de recuperação judicial menciona R$ 550 milhões. Uma auditoria da BDO aponta uma dívida real de R$ 931 milhões, e a Portuguesa herdará parte dos débitos por ser sócia.