Posição do Irã contra a existência de Israel vira impasse no Brics
Impasses nas negociações do Brics revelam divergências entre o Irã e os demais membros sobre o reconhecimento de Israel. Os líderes buscam uma solução que respeite a posição iraniana sem desconsiderar a visão consolidada do bloco sobre o Oriente Médio.
Impasse no Brics: A posição do Irã de não reconhecer o Estado de Israel cria tensões no grupo, presidido pelo governo Lula (PT), durante a cúpula no Rio de Janeiro.
Teerã utiliza termos como "regime sionista" e se opõe à solução de dois Estados, amplamente defendida pelo bloco. O Irã acredita em um único Estado palestino, um princípio fundamental desde a revolução islâmica de 1979.
A delegação iraniana rejeita menções à solução de dois Estados nas declarações em negociação, temendo que isso reconheça implicitamente Israel.
Os negociadores buscam uma formulação que agradem Teerã sem descreditar a posição dos demais membros. Em 2024, o Brics reafirmou apoio à Palestina nas Nações Unidas, mantendo a visão de dois Estados.
Outro desafio é evitar a menção à palavra Israel. Uma solução proposta é usar o termo "regime israelense".
O Irã, que apoia grupos como Hamas e Hezbollah, esteve envolvido em conflitos diretos com Israel. Em junho, Israel atacou instalações nucleares do Irã, resultando em uma troca prolongada de ataques.
O Irã foi incorporado ao Brics em 2023, expandindo o bloco que inclui também Rússia, Índia, China, África do Sul, entre outros.
Lista de membros do Brics:
- Rússia
- Índia
- China
- África do Sul
- Egito
- Emirados Árabes Unidos
- Etiópia
- Indonésia
- Irã
- Arábia Saudita
Parceiros do Brics: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.