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Posicionamento moderado do Brics sobre Irã expõe divisão de países sobre conflito no Oriente Médio

Divisão no Brics revela tensões nas posições sobre conflito no Oriente Médio. Países como Índia e Etiópia preferem uma abordagem mais cautelosa em relação a críticas a Israel e EUA.

Divisões internas no Brics

A manifestação do Brics sobre os ataques de Israel e dos EUA ao Irã revela divisões internas no bloco sobre o conflito no Oriente Médio.

O comunicado conjunto de terça-feira (24) é mais moderado do que as declarações individuais de alguns países, incluindo o Brasil.

Etiópia e Índia resistiram a uma declaração mais crítica durante as negociações, argumentando por uma linguagem equilibrada entre os lados do conflito.

A presidência do Brics, sob Lula (PT), expressou "profunda preocupação" com os ataques ao Irã desde 13 de junho de 2025, considerandos violações do direito internacional e da Carta da ONU.

  • O comunicado destaca a urgente necessidade de romper o ciclo de violência e restaurar a paz.
  • Conclama as partes a engajar-se em diálogo para resolver divergências pacificamente.
  • Não menciona Israel ou EUA diretamente.

Atualmente, além do Brasil, são membros plenos do Brics: Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã. A Arábia Saudita está convidada, mas não oficializou seu ingresso.

A redação do comunicado começou a ser negociada após o ataque de Israel ao Irã, em 13 de junho, que resultou em mísseis disparados pelo Irã contra Israel.

China, Rússia e Irã defenderam termos críticos aos EUA e Israel; porém, a postura indiana buscou manter um tom neutro, evitando culpar diretamente um lado, em razão de sua cooperação com Israel e receios sobre a estabilidade do petróleo.

O Brasil, por sua vez, condenou os ataques de Israel e EUA em nota do Itamaraty, destacando violação da soberania iraniana e do direito internacional.

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