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Possível inflexão de Trump é vista com cautela no governo brasileiro, que não descarta um blefe

Diplomatas brasileiros avaliam que a declaração de Trump pode ser um blefe, enquanto Lula se mostra aberto ao diálogo. As tensões comerciais entre Brasil e EUA, impulsionadas por sobretaxas, continuam a gerar incertezas nas relações bilaterais.

Cautela marca relações entre Brasil e EUA após declaração de Donald Trump sobre possibilidade de conversar com Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump afirmou: “Talvez eu fale com o Lula em algum momento”, mas sua credibilidade é questionada por diplomatas brasileiros, que veem a declaração como um possível blefe.

Lula, em resposta, mostrou-se aberto ao diálogo: “Na hora que houver necessidade, eu não terei problema de ligar para ele”, citando precedentes com outros presidentes.

As discussões se concentram na sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em agosto, e nas negociações para tarifas sobre aço e alumínio.

O governo brasileiro observa um tratamento diferenciado em comparação a outros países e considera ações contra o protecionismo na OMC.

Tarcísio Gomes de Freitas, governador de São Paulo, se reuniu com Gabriel Escobar, da embaixada dos EUA, para discutir a tarifa de 50%. Ele enfatizou a necessidade de negociação efetiva.

A embaixada americana destaca reuniões frequentes com governadores e menciona a importância de São Paulo nos investimentos dos EUA.

Enquanto isso, o Itamaraty não se manifestou, e alguns diplomatas classificaram a visita de Tarcísio como um "jogo de cena" diante da situação atual.

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