HOME FEEDBACK

Possível sanção de Trump a diesel russo não afeta oferta no Brasil, mas elevará preço, dizem analistas

Especialistas indicam que o Brasil pode substituir o diesel russo por outras origens, mas a pressão sobre os preços deve aumentar. As recentes sanções dos EUA e da Europa podem impactar o custo das importações, apesar do abastecimento estar garantido.

Sanções dos EUA e Europa ao petróleo russo não devem afetar o abastecimento de combustíveis no Brasil, mas pressão sobre preços é esperada, segundo especialistas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a possibilidade de novas tarifas sobre países que compram petróleo da Rússia, incluindo uma taxa de 25% sobre importações da Índia.

O Brasil é um dos maiores clientes do diesel russo, que representa cerca de 60% das importações de combustíveis. Apesar disso, a ANP afirma que as importações brasileiras de diesel são menos de 10% do total do comércio internacional.

A Petrobras e a ANP acreditam que alternativas para substituir o diesel russo estão disponíveis, como importações dos Estados Unidos e do Oriente Médio.

Altos preços das importações são esperados, já que o diesel russo oferece descontos significativos em comparação ao americano. Atualmente, o diesel russo custa entre US$ 0,04 e US$ 0,05 por galão a menos que o diesel dos EUA.

Importadores privados indicam que a elevada defasagem de preços da Petrobras torna inviável a compra de diesel sem desconto. No mercado, a empresa oferecia um desconto de R$ 0,21 em relação à paridade de importação.

Executivos de distribuidoras apontam que somente grandes empresas conseguem competir em preços devido à capacidade de diluição dos custos. A Nimofast prevê que os preços subirão, pois os desafios na oferta americana poderão intensificar essa situação. "No médio prazo, o preço vai subir. E vai subir muito", afirma Ramon Reis, sócio da empresa.

Leia mais em folha