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Postos dizem que estimativa do governo para queda no preço da gasolina é irreal

Revendedores de combustíveis contestam estimativas do governo sobre queda nos preços da gasolina após aumento do etanol na mistura. Representantes destacam que impacto será mínimo e dependente de repasses das distribuidoras.

Representantes da revenda de combustíveis questionaram nesta quinta-feira (26) as projeções de queda no preço da gasolina feitas pelo governo, após o aumento do percentual de etanol na mistura.

O Paranapetro afirmou que é "completamente irreal" que a mudança tenha um grande impacto. Segundo cálculos, o reflexo seria de apenas R$ 0,01 a R$ 0,015 nas distribuidoras. O MME estimou um impacto de R$ 0,11 por litro, enquanto a Fecombustíveis acredita que será em torno de R$ 0,02.

Atualmente, o etanol anidro representa 12,7% do preço final da gasolina, que na semana passada foi vendida a uma média de R$ 6,23 por litro, conforme a Petrobras. Os custos se distribuem da seguinte forma:

  • R$ 2,08 - Petrobras
  • R$ 0,79 - Etanol anidro
  • R$ 1,47 - Impostos estaduais
  • R$ 0,70 - Impostos federais
  • R$ 1,19 - Margens dos revendedores

A Fecombustíveis destacou que os preços de combustíveis são livres e dependem das distribuidoras. O Paranapetro ressalta que a redução nos preços depende do repasse das distribuidoras e do mercado volátil do etanol.

Durante a cerimônia, o MME afirmou que o Brasil poderá se tornar exportador de gasolina, o que mudaria a formação de preços. No entanto, a Petrobras não segue a paridade de importação há tempos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o governo está "vencendo a batalha do preço dos combustíveis" e isso é importante no combate à inflação.

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