Postura de Xi Jinping rendeu frutos à China, que obtém quase todas suas demandas de Trump
A redução nas tarifas entre EUA e China marca um novo capítulo nas relações comerciais, com desafios ainda à frente. O acordo temporário oferece alívio econômico para ambos os países, mas a cautela persiste devido à complexidade do diálogo bilateral.
Xí Jinping teve um desfecho favorável após negociações com os EUA na Suíça.
Representantes das duas maiores economias do mundo anunciaram, em 12 de junho, uma grande redução nas tarifas:
- EUA: tarifas sobre produtos chineses caem de 145% para 30% em 90 dias;
- China: alíquota sobre bens reduzida para 10%.
O acordo superou as expectativas da China, impulsionando o dólar e os mercados de ações. A tarifa elevada de 34% imposta por Trump foi suspensa.
A China conseguiu quase todas suas principais exigências, incluindo a nomeação de um interlocutor nas negociações e um compromisso para conter o fluxo de fentanil.
Trey McArver, especialista, afirmou: “Esse é o melhor resultado que a China poderia ter esperado – os EUA recuaram.”
Enquanto isso, Xi Jinping adotou uma postura firme, recusando pedidos de diálogo de Trump, enquanto fortalecia a economia chinesa através de medidas internas.
Trump, sob pressão devido à inflação, propôs um "recomeço total" nas relações com a China.
As conversas em Genebra indicaram que os EUA estavam cedendo. A suspensão das tarifas foi cuidadosamente roteirizada, e Trump não anunciou a notícia nas redes sociais.
A China se comprometeu a reverter medidas “não tarifárias”, mas não garantiu aumento de investimentos dos EUA. A segunda fase das negociações visa um acordo mais abrangente em três meses.
A redução das tarifas já levou a um ajuste nas previsões de crescimento do PIB da China, que agora é estimado em 4,7% para este ano.
Alicia Garcia Herrero destacou que o mundo não está mais em uma “fase maravilhosa de globalização”, enfatizando a necessidade de um processo de bifurcação amigável.