Postura moderada do México com Trump é testada por nova ameaça tarifária
Mexicanas tentam manter dialogo com os EUA diante da ameaça de tarifas de 30% imposta por Trump. As autoridades do país vizinho enfatizam a importância da cooperação para enfrentar o narcotráfico e proteger seus interesses comerciais.
Autoridades mexicanas foram surpreendidas pela ameaça de tarifas de 30% do presidente Donald Trump, após tentativas de convencê-lo sobre os resultados no combate ao narcotráfico.
Após meses de elogios da parte dos EUA à cooperação mexicana, Trump destacou que a resposta do México foi insuficiente, afirmando que o país não parou os cartéis.
A presidente Claudia Sheinbaum pediu calma, mas fontes apontam uma sensação de exasperação nas negociações. O México tenta argumentar que suas economias são complementares e que está disposto a cooperar mais.
A ameaça de tarifas 30%, com exceções para produtos do acordo comercial USMCA, pode ter pouco impacto real, dado que 83% das importações dos EUA do México foram isentas de tarifas em maio.
Funcionários dos EUA asseguraram que a cooperação poderia continuar, com o embaixador Ronald Johnson enfatizando o desejo de parceria. Porém, tarifas setoriais levantaram preocupações no México.
O México busca um acordo mais justo e já fez concessões, como a extradição de presos ligados ao narcotráfico e aumento de apreensões de drogas.
Recentemente, porém, laços bilaterais se desgastaram com sanções impostas a instituições financeiras mexicanas por envolvimento em lavagem de dinheiro.
O Ministério da Economia do México está em negociações em Washington e classificou a proposta tarifária como “injusta”, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto. O país trabalhará para proteger empresas e empregos de ambos os lados da fronteira.