Powell permanecerá no comando do Fed, mesmo com ameaças de Trump; saiba como
Jerome Powell enfrenta pressão de Donald Trump durante audiências no Congresso, defendendo sua abordagem sobre as taxas de juros. A recente decisão da Suprema Corte destaca a proteção do Fed contra interferências presidenciais e complica possíveis mudanças na liderança do banco central.
Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), começou nesta terça-feira (24) dois dias de audiências no Congresso, enfrentando críticas do presidente Donald Trump por não ter cortado a taxa de juros.
Trump considerou demitir Powell ou nomear um sucessor, numa tentativa de influenciar a política monetária, mesmo que Powell permaneça no cargo até maio de 2026.
A decisão da Suprema Corte no mês passado consolidou o status do Fed, estabelecendo que seus diretores são imunes à remoção por discordâncias. Isso significa que Trump poderá nomear apenas mais um membro do conselho até deixar o cargo em janeiro de 2029.
Krishna Guha, da Evercore ISI, alertou que nomear um sucessor agora pode confundir o mercado e prejudicar qualquer expectativa de cortes nos juros. Ele indicou que um novo indicado poderia comprometer sua credibilidade e complicar a aprovação no Senado.
Durante sua audiência perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Powell enfrentou a resistência de autoridades que hesitam em reduzir os juros, considerando a incerteza sobre as tarifas governamentais e seu impacto na inflação, no crescimento e nos empregos.
O atual bombardeio dos EUA contra o Irã e o conflito com Israel também podem influenciar as declarações de Powell, especialmente se os preços do petróleo aumentarem, embora, até o momento, tenham se mantido estáveis.