’Precisa desenterrar um Einstein para saber o que precisa ser feito?', ironiza André Esteves sobre crise fiscal
André Esteves acredita que o Brasil possui clareza sobre as medidas necessárias para o ajuste fiscal e que o Congresso pode apoiar as mudanças com uma liderança adequada. Ele e Mansueto Almeida discutem a importância de conter os gastos públicos, especialmente com a política de valorização do salário mínimo.
André Esteves, chairman do BTG Pactual, afirma que o Brasil já sabe o que precisa fazer para equilibrar as contas públicas. Ele acredita que o Congresso pode aprovar ajustes, desde que haja uma liderança adequada.
Durante um debate na Global Managers Conference 2025, Esteves ironizou a necessidade de soluções mirabolantes, sugerindo que o problema não é exclusivo de um espectro político.
O economista-chefe do banco, Mansueto Almeida, propôs o fim da valorização do salário mínimo como uma medida simples com efeito imediato. Ele destacou que o problema reside na contenção das despesas, não na arrecadação.
Mansueto alertou que manter aumento real do salário mínimo pode impactar negativamente o crescimento de gastos, levando a um cenário de inflação e juros mais altos, prejudicando os mais pobres.
O evento ocorreu um dia após o Congresso derrubar um decreto presidencial que aumentava alíquotas do IOF, o que geraria R$ 61 bilhões em arrecadação em dois anos.
Esteves defendeu que essa decisão não inviabiliza ajustes fiscais. Ele acredita que o mesmo Congresso que aprovou reformas é capaz de implementar o ajuste necessário, desde que haja liderança.
Esteves comparou o atual cenário com o pré-Plano Real, ressaltando que o Brasil já passou por situações desafiadoras e que hoje existe um consenso sobre a necessidade de abordar o problema fiscal.