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Preço do arroz despenca no Brasil, mas milho representa risco para inflação, dizem analistas

Queda nos preços do arroz oferece alívio aos consumidores, mas preocupa inflação com alta do milho. Especialistas alertam para o impacto das cotações elevadas nas proteínas animais e no orçamento do governo.

Queda nas cotações do arroz: as cotações do arroz ao produtor brasileiro acumulam queda de 20% em 2023, beneficiando consumidores com preços mais baixos nos supermercados.

Por outro lado, o milho apresenta alta significativa, sendo negociado a aproximadamente R$ 90 a saca de 60 kg, refletindo um aumento de mais de 23% neste ano.

A queda no preço do arroz está ligada a um aumento esperado de 15% na produção, especialmente na colheita gaúcha, e à melhora na oferta global.

No entanto, a situação do milho é preocupante. O Brasil inicia 2023 com estoques baixos e alta demanda da indústria de etanol e carnes. A consultoria Datagro alerta que a alta do milho pode impactar a inflação acima da meta de 3,0% em 2025.

Cotações em Rondonópolis (MT) mostram alta de 40% em relação ao ano passado, com preços em torno de R$ 85 a saca.

A Datagro estima que a aceleração dos preços do milho pode trazer um impacto inflacionário de até 1,07 ponto percentual nos próximos seis meses.

O economista André Braz afirma que a baixa dos preços do arroz poderia amenizar a inflação, mas ressalta que a pressão geral sobre proteínas continua alta.

Além disso, a consultoria Cogo Inteligência prevê que a baixa no preço do arroz deve persistir, \o que permitirá ao governo recompor estoques através dos Contratos de Opção de Venda (COV).

Contudo, os resultados em termos de volume para os estoques públicos devem ser relativamente pequenos, cerca de 90 mil toneladas.

Por fim, a pressão do milho continua a influenciar a inflação das cadeias de proteínas, impactando preços de frango, carne suína, leite, ovos e bovinos.

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