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Preço do boi gordo deve subir e pressionar preços das carnes, diz BC

A previsão do Banco Central aponta para um aumento no preço do boi gordo, o que deve impactar a inflação de alimentos em 2025. A alta deve ser influenciada pela recuperação do mercado e pela deprecição do real, refletindo na oferta e demanda da carne bovina nacional.

Preços do Boi Gordo devem subir em 2025, segundo o Banco Central (BC), conforme o Relatório de Política Monetária divulgado em 27 de março de 2025.

A alta nos preços começou em setembro e é impulsionada por fatores de oferta no setor. O preço da arroba do boi variou de R$ 215 em junho de 2024 para R$ 353 em novembro, atualmente em R$ 310.

O BC destacou que a demanda interna e externa está “[aquecida]”. A desvalorização do real também influenciou a valorização do boi gordo. O dólar estava a R$ 5,73 em 27 de março, após atingir R$ 6,27 em dezembro.

O relatório apontou o possível fim do ciclo de baixa do boi como um fator para a alta nos preços e a expectativa de reversão do ciclo nos próximos anos. Até meados de 2024, houve um ciclo de queda de preços no país.

Os preços da carne bovina já subiram 22,4% de setembro de 2024 a janeiro de 2025, contribuindo significativamente para a alta dos alimentos no Brasil. Essa elevação pode impactar a inflação subjacente de serviços e ser repassada ao consumo.

O BC projeta a recuperação da inflação para a meta de 3% até 2026, mesmo que a taxa do IPCA tenha sido de 5,06% em fevereiro e a expectativa seja de 5,6% em março de 2025.

O novo Relatório de Política Monetária substitui o Relatório Trimestral de Inflação e reflete a alteração na meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN), agora com uma meta contínua de 3% por 36 meses, mantendo um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

O Banco Central será responsável por relatar descumprimentos da meta em cartas ao Ministério da Fazenda caso a inflação se desvie do intervalo aceitável.

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