Preço do café sobe 81% ao consumidor em um ano, mas começa a cair no campo
Cotações do café no campo caem 17% após início da colheita, mas preço ao consumidor segue em alta. Especialistas preveem repasse gradual de preços e alívio nas prateleiras apenas em 2026.
Preço do café cai no campo, mas ainda sobe para o consumidor.
Desde março, com o início da colheita no Brasil, as cotações do café no campo caíram 17% em relação a fevereiro, quando houve recorde de preços.
No entanto, preço ao consumidor subiu 2,86% em junho e já acumula 81,6% de alta em 12 meses, segundo dados do IPCA-15 do IBGE.
Analistas preveem que os preços devem cair lentamente ao longo do segundo semestre, devido ao tempo necessário para o repasse dos preços do campo para os supermercados.
A colheita de café segue até setembro, e espera-se um avanço de 2,7% na safra deste ano, totalizando 55,7 milhões de sacas.
As cotações caíram em função da melhora nas safras de outros países e um reduzido consumo no Brasil. A safra do robusta deve aumentar em 28%, enquanto a do arábica, principal grão do Brasil, cairá 6,6% devido a secas.
No início do ano, o preço do café arábica atingiu R$ 2.769,45, com uma demanda global crescente, principalmente da Europa, devido a acontecimentos geopolíticos e incertezas sobre novas legislações.