Preço do feijão cai até 42% em comparação ao ano anterior
A queda significativa nos preços do feijão-carioca e feijão-preto é impulsionada pelo aumento da oferta e pela intensificação da produção pelos agricultores. O Ibrafe alerta para os desafios nas exportações e a concorrência com a Argentina, que pode impactar ainda mais o mercado.
Feijão-carioca fechou fevereiro com preços 29% menores que em 2024.
O feijão-preto registrou queda de 42%, conforme informações do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses) em 12.mar.2025.
A causa da redução nos preços é o aumento da oferta, especialmente do feijão-preto. O Ibrafe menciona que os produtores adotaram o comportamento de “efeito manada”, cultivando a variedade em excesso após resultados positivos nas exportações em 2024.
“Se a exportação de feijão-preto foi lucrativa para alguns, então será bom de novo. Muita gente plantou sem informação”, diz o Ibrafe.
As exportações de 2025 não seguem o mesmo ritmo do ano anterior. O México recebeu lotes mistos, com problemas identificados no cozimento.
- Variações de cor
- Espessura da casca
- Tempos de preparo
O Ibrafe destaca que diferentes usos culinários exigem variedades específicas. “Feijão para consumo com arroz tem características diferentes das usadas para refritos mexicanos”, afirma a nota.
A Argentina já plantou 80% da área prevista e apresenta regularização das chuvas. Se a colheita for boa, o país pode influenciar o mercado internacional, mantendo preços baixos.
Produtores que plantaram apenas com contratos firmados com exportadores não enfrentam queda nos preços, segundo o Ibrafe.