HOME FEEDBACK

Preço do petróleo dispara com ataque dos EUA ao Irã e risco de retaliação

Oscilações drásticas no mercado de petróleo são impulsionadas pela escalada dos conflitos entre EUA e Irã, gerando temores sobre a interrupção do fornecimento. A situação aumenta pressões inflacionárias globais e abre margem para novas elevações nos preços.

Disparada do petróleo: Preços do petróleo subiram após os EUA atacarem instalações nucleares no Irã, aumentando temores sobre interrupções no fornecimento na região.

A cotação do potente Brent subiu até 5,7%, alcançando US$ 81,40 por barril, refletindo uma tendência de alta nas últimas semanas.

Incremento no spread: A diferença entre preços de contratos futuros aumentou após a declaração do presidente Donald Trump, que anunciou a destruição de instalações nucleares e ameaçou novas ações militares se o Irã não negociar a paz.

Em resposta, Teerã alertou sobre “consequências eternas” dos ataques. As instalações atacadas foram em Fordow, Natanz e Isfahan, aumentando os custos de risco no mercado.

Alertas no mercado global: Desde o ataque israelense ao Irã, contratos futuros e opções estão em alta, com aumento nas taxas de freta e preocupações sobre possíveis reduções de oferta de petróleo.

O Oriente Médio, responsável por cerca de um terço da produção mundial, pode levar a pressões inflacionárias globais, com analistas prevendo preços próximos a US$ 100 se houver retaliações do Irã.

O maior risco é o fechamento do Estreito de Ormuz, através do qual cerca de um quinto da produção mundial transita. O parlamento iraniano já pediu o fechamento do estreito.

Ameaças à infraestrutura: O Irã pode atacar fornecedores rivais, como Arábia Saudita, Iraque e Emirados Árabes Unidos. Após os ataques dos EUA, Riad e Bagdá expressaram preocupação.

Além disso, o Irã pode incentivar os houthis a atacar navios no Mar Vermelho. Caso escalem as hostilidades, a produção de petróleo do Irã, especialmente no terminal da Ilha de Kharg, pode ser alvo, disparando os preços.

Papel da Opep: A Opep e a Rússia estão monitorando a situação. O grupo tem capacidade para aumentar a produção rapidamente, o que pode ajudar a equilibrar o mercado se a crise piorar.

Leia mais em o-globo