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Preços ao produtor do Brasil têm em maio maior queda em quase 2 anos

Deflação nos preços ao produtor avança com forte impacto das commodities e queda do dólar. Setores como alimentos e biocombustíveis lideram a redução nos custos em maio, indicando uma tendência negativa generalizada.

Deflação intensa nos preços ao produtor no Brasil em maio

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a deflação dos preços ao produtor se intensificou em maio, com a maior queda desde junho de 2023.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 1,29% em maio, após uma queda de 0,12% em abril, marcando a quarta taxa negativa consecutiva.

O índice acumulado em 12 meses apresenta uma alta de 5,78%.

Segundo Murilo Alvim, gerente da pesquisa no IBGE, dois fatores principais explicam essa deflação:

  • Diminuição dos preços de commodities, reduzindo o custo de produção.
  • Queda do dólar frente ao real, diminuindo custos e impactando preços de produtos comercializados em dólar.

Entre as 24 atividades analisadas, 17 tiveram queda de preços, destacando-se:

  • Alimentos (-0,34 ponto percentual)
  • Refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 p.p.)
  • Outros produtos químicos (-0,26 p.p.)
  • Metalurgia (-0,23 p.p.)

O setor de alimentos caiu 1,33% em maio, influenciado pela redução dos preços de cana de açúcar e soja.

Em relação às grandes categorias econômicas:

  • Bens de capital: recuo de 0,02%
  • Bens intermediários: queda de 2,37%
  • Bens de consumo: estáveis

O IPP mede a variação dos preços na "porta da fábrica", ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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