Preços de alimentos desaceleram e favorecem fim da alta de juros
Com queda nos preços de alimentos, IPCA desacelera em maio e fica em 0,26%. Economistas apontam possibilidade de término do ciclo de alta da Selic, atualmente em 14,75%.
IPCA sobe 0,26% em maio
O IPCA, índice oficial de inflação, apresentou uma alta de 0,26% em maio, menor que os 0,43% de abril, conforme dados do IBGE.
A alta nos preços de alimentos foi menor, com o grupo Alimentação e Bebidas subindo 0,17%, a menor variação desde agosto de 2022. Os preços do tomate e ovo recuaram 13,52% e 3,98%, respectivamente.
No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 5,32%, acima da meta de 3%. O Banco Central (BC) deve manter a taxa Selic em 14,75%% devido à inflação persistente.
A desaceleração surpreendeu, uma vez que as previsões eram de 0,34%. A redução dos combustíveis também colaborou, com queda de 0,72% nos preços.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, anunciou que não dará pistas sobre decisões futuras do Copom. Economistas estão divididos sobre possíveis novas altas na Selic.
A equipe da Polo Capital acredita em mais um aumento, enquanto Laura Moraes, da Neo Investimentos, vê o ciclo de alta encerrado, mas a Selic deve permanecer alta.
A energia elétrica poderá pressionar a inflação para cima, devido à bandeira tarifária vermelha. No entanto, o preço da gasolina deve diminuir, com a Petrobras anunciando reduções.
Nos mercados, a expectativa é de pausa nos aumentos de juros, com a taxa de DI para janeiro de 2028 caindo para 13,575%. O Ibovespa encerrou em alta de 0,54%, aos 136.436 pontos.