Prefeito culpa tarifas de Trump e não paga remuneração de professores
Prefeitura de Pedro do Rosário culpa tarifas dos EUA por não pagar retroativos a servidores. Sindicato critica a gestão municipal e denuncia falta de responsabilidade fiscal.
Prefeitura de Pedro do Rosário, no Maranhão, anunciou que não pagará a remuneração retroativa de promoções, progressões e quinquênios de professores e agentes educacionais municipais.
A informação foi divulgada pelo Sintespampr na quarta-feira, 6 de setembro. Os pagamentos estavam programados para julho, com base em um acordo entre o sindicato e a prefeitura.
Os servidores aguardam esse direito desde 2023. Em 2024, o município não realizou importações ou exportações para os Estados Unidos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
No documento compartilhado, a prefeitura justifica que a “realidade financeira e orçamentária” pode ser afetada pelas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos EUA, prejudicando a arrecadação e os repasses para estados e municípios.
O Valor tentou contato com o prefeito Domingos Erinaldo Sousa Serra (PCdoB), conhecido como Toca Serra, mas não obtiveram resposta.
O Sintaspmpr critica a gestão do prefeito, afirmando que os servidores foram pegos de surpresa e a manobra visa “mascarar a má gestão e a irresponsabilidade fiscal”.
Pedro do Rosário, com 24.917 habitantes, segundo o IBGE de 2024, apresentava PIB per capita de R$ 6.177,79 em 2021, ocupando a posição 211 entre 217 municípios do Maranhão.