Prejudicados pela criptomoeda promovida por Milei entram com ação coletiva nos Estados Unidos
Investidores alegam que promoção enganosa da criptomoeda $LIBRA resultou em prejuízos bilionários. Ação coletiva contra promotores da moeda digital destaca manipulação de preços e falta de transparência.
Ação Coletiva na Suprema Corte de Nova York
Um grupo de investidores prejudicados pela criptomoeda $LIBRA, promovida pelo presidente argentino Javier Milei, entrou com uma ação coletiva na Suprema Corte de Nova York.
Os alegantes acusam promotores como Kelsier, KIP e Meteora de orquestrar um lançamento injusto do token e de enganar compradores de varejo, segundo o escritório Burwick Law.
A acusação não cita Milei diretamente, mas menciona seu papel na operação, que provocou um escândalo na Argentina. Os promotores teriam se “aproveitado do alto perfil do presidente” para criar uma falsa sensação de legitimidade.
Os advogados afirmam que métodos como pools de liquidez unilaterais foram usados para inflar artificialmente o preço da $LIBRA. 85% da oferta foi retida no lançamento, beneficiando insiders e prejudicando investidores comuns.
A criptomoeda subiu de centavos a US$ 4.798 (R$ 27,27 mil) antes de desmoronar, afetando mais de 40 mil pessoas que perderam juntos mais de US$ 4 milhões (R$ 22,7 milhões).
O autor da ação, Omar Hurlock, afirma ter sofrido danos ao investir na criptomoeda. Um tribunal na Argentina está investigando se Milei cometeu fraude e associação ilícita.
A $LIBRA foi apresentada como uma inovação financeira, mas os advogados alegam que as promessas eram "falsas ou enganosas". Quase 90% do token foi controlado por pessoas próximas ao projeto, enriquecendo às custas de investidores de varejo.