Prejuízo da CBA permanece estável no 2º trimestre
CBA registra prejuízo estável no segundo trimestre de 2025, impulsionado por paradas para manutenção. A companhia destaca crescimento na demanda por produtos reciclados, apesar da queda no lucro antes de impostos e depreciação.
Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) encerra o segundo trimestre de 2025 com prejuízo de R$ 73 milhões. Este valor é praticamente estável em relação ao ano anterior, quando registrou perdas de R$ 74 milhões.
O prejuízo é atribuído, principalmente, à parada para manutenção da refinaria, que deve voltar à normalidade no segundo semestre. O lucro Ebitda ajustado foi de R$ 189 milhões, com queda de 44% em comparação a 2024.
A receita líquida consolidada foi de R$ 2 bilhões, representando uma queda de 3% ano a ano. O desempenho reflete o crescimento nos segmentos de primário, transformados e reciclagem.
Apesar da moderação econômica, a CBA vê demanda crescente por laminados e produtos reciclados. O presidente Luciano Alves menciona que, além da manutenção da refinaria, houve paradas em fornos de alumina e um foco em manutenção e compras estratégicas de alumina.
Alves destaca que 91% das vendas foram direcionadas ao mercado interno. As exportações, que representaram 9%, foram inspecionadas e redirecionadas a novos mercados, como Europa e América Latina.
Embora o cenário atual mostre estabilidade, há preocupações em setores como caminhões e construção civil. Uma alta no consumo de alumínio na China foi registrada, resultando em um déficit no mercado.
Dentre os destaques do trimestre, está a aquisição de participação em dois ativos de energia eólica que agregarão 115 MWm a partir de 2027. A empresa também realizou sua segunda emissão de debêntures sustentáveis, no valor de R$ 530 milhões, visando a redução de emissões e reforço de caixa.