Prejuízo da Portobello no 2º trimestre piora, mas receita avança
Portobello Grupo registra aumento no prejuízo líquido, apesar do crescimento de 16,6% na receita. A empresa enfrenta desafios devido a despesas financeiras elevadas, enquanto busca otimizar sua estratégia de endividamento.
Portobello Grupo registrou um prejuízo líquido de R$ 44,2 milhões no segundo trimestre de 2024, piora em relação ao prejuízo de R$ 11,5 milhões no mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, a receita líquida cresceu 16,6%, totalizando R$ 686,8 milhões.
A principal pressão no lucro veio das despesas financeiras, que atingiram R$ 92,6 milhões, um aumento de 51% em relação ao ano anterior.
O CEO, John Suzuki, destacou que as despesas financeiras precisam ser equacionadas, afetadas pela taxa de juros e pelo ciclo de investimentos da empresa de 2020 a 2023, incluindo a Portobello Shop e a Portobello America, que se tornou lucrativa em 2024.
A dívida líquida caiu 11,6%, para R$ 890,8 milhões, com emissão de R$ 300 milhões em debêntures para alongar o perfil da dívida. A relação dívida líquida/Ebitda ficou em 2,9 vezes.
A margem bruta foi de 36,7%, com aumento de 0,2 ponto percentual. O Ebitda alcançou R$ 95,2 milhões, um aumento de 4%, com margem de 13,9%, recuo de 1,7 ponto percentual.
Em termos de receita, 72% veio do mercado interno e 44% da receita externa cresceu. A receita da Portobello America subiu 27,6% em dólares. A tarifa de 50% sobre exportações para os EUA gera ajustes, mas é vista como uma oportunidade.
A empresa não espera que as exportações para os EUA causem impacto relevante. Seus principais mercados de exportação são a América do Sul, Europa, Oceania e Oriente Médio, alcançando mais de 60 países.