Prejuízo das Casas Bahia sobe 56% no 1º trimestre
A reestruturação da Casas Bahia trouxe ganhos em vendas, mas o alto custo das dívidas resultou em prejuízo no primeiro trimestre. A empresa busca soluções para equilibrar a situação financeira e otimizar seu estoque.
Casas Bahiaalavancagem operacional, após dois anos de reestruturação.
Apesar do lucro operacional de R$ 287 milhões, as despesas financeiras, que alcançaram R$ 1 bilhão, resultaram em um prejuízo líquido de R$ 408 milhões, 56,3% maior que no ano anterior.
A receita líquida cresceu 10,1%, totalizando R$ 6,9 bilhões, mas a margem bruta ficou abaixo das expectativas dos analistas.
As despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 5,1%, melhorando a margem EBITDA de 6,1% para 8,2% e alcançando R$ 570 milhões.
Um aumento inesperado no estoque para 95 dias pressionou a empresa financeiramente, enquanto os prazos de pagamento a fornecedores foram estendidos de 114 para 135 dias.
O presidente Renato Franklin afirmou que pretende regularizar os níveis de estoque e comentou sobre a necessidade de uma gestão cautelosa em relação a produtos.
A dívida líquida da empresa era de R$ 1,89 bilhão em março, mas, ao incluir saldo de crédito, chega a R$ 3,7 bilhões. O fluxo de caixa sofreu um consumo de R$ 603 milhões no trimestre.
A rede fechou 20 lojas no primeiro trimestre e analisa novas fechamentos devido ao aumento dos custos de capital.
Os bancos Bradesco e Banco do Brasil podem converter parte das dívidas em ações, o que reduziria a despesa financeira. Contudo, a decisão está nas mãos dos credores.