Premiê da França sobrevive à votação de moção de censura
François Bayrou conquista apoio temporário na Assembleia Nacional, mas seu governo enfrenta crescente instabilidade. Desafios financeiros e falta de consenso dificultam sua permanência no cargo enquanto o Reagrupamento Nacional aguarda oportunidades para pressionar.
O primeiro-ministro da França, François Bayrou, sobreviveu a uma moção de censura votada no dia 1º pelo parlamento francês.
A moção recebeu 189 votos, abaixo do necessário para destituir o governo.
Embora tenha sobrevivido à oitava moção de censura desde que assumiu em dezembro, o mandato de Bayrou está cada vez mais instável, similar ao de seu antecessor, Michel Barnier.
Os deputados da extrema-direita do Reagrupamento Nacional (RN) se abstiveram de votar a favor da moção, preferindo aguardar as negociações orçamentárias de 2026.
Bayrou enfrenta o desafio de viabilizar 40 bilhões de euros em cortes de gastos para o orçamento de 2026.
A moção foi apresentada pelos socialistas após meses de negociações sem acordo na reforma da previdência. O entendimento entre Bayrou e os socialistas está rompido.
O presidente do RN, Jordan Bardella, sugeriu que o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolva o parlamento. Macron, cujo mandato termina em 2027, poderá fazer nova dissolução a partir de 8 de julho.