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Premiê da Romênia renuncia após ultradireita vencer 1º turno da eleição presidencial

A renúncia ocorre em um momento crítico para o país, com o ultranacionalista George Simion avançando nas eleições presidenciais. O resultado do segundo turno pode mudar drasticamente a orientação política da Romênia em relação à União Europeia e à Otan.

Marcel Ciolacu, primeiro-ministro da Romênia, renunciou nesta segunda-feira (5), após o candidato ultranacionalista George Simion liderar o primeiro turno da repetição da eleição presidencial.

A eleição, realizada pela primeira vez em novembro, foi anulada pela Suprema Corte devido à suposta interferência russa. Simion, do partido AUR, alcançou 41% dos votos e enfrentará Nicusor Dan no segundo turno, marcado para 18 de maio.

Crin Antonescu, da coalizão dos sociais-democratas, ficou em terceiro lugar. A Romênia, vizinha da Ucrânia, é membro da União Europeia e da OTAN.

A ultradireita, representada por Simion, defende o fim do apoio a Kiev na guerra contra a Rússia e maior aproximação com Moscou. Em contraste, os sociais-democratas buscam manter laços pró-Ocidente.

Apesar de conquistarem o maior número de assentos na eleição de dezembro, os sociais-democratas enfrentam uma crescente força política da ultradireita, que conquistou mais de um terço dos assentos.

A vitória de Simion pode isolar a Romênia e desestabilizar o braço oriental da OTAN, além de expandir a influência de líderes eurocéticos na UE.

O presidente, que tem papel semi-Executivo, renunciou em fevereiro, e o governo interino não pode emitir decretos. Simion planeja nomear Georgescu como primeiro-ministro se vencer.

Ciolacu afirmou que seu partido não apoiará publicamente nenhum dos candidatos do segundo turno, incentivando os eleitores a seguirem suas consciências.

Analistas acreditam que Nicusor Dan terá dificuldade em unir o voto pró-ocidental, já que muitos social-democratas compartilham visões similares às de Simion.

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