Premiê romeno renuncia após seu partido não seguir na eleição
Marcel Ciolacu renuncia após resultados eleitorais insatisfatórios, reconhecendo a falta de legitimidade da atual coalizão governista. O segundo turno da presidência traz candidatos da oposição, destacando a polarização política no país.
Marcel Ciolacu, primeiro-ministro da Romênia, renunciou ao cargo em 5 de maio de 2025. A decisão foi tomada um dia após o 1º turno das eleições presidenciais, onde o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, ficou em 3º lugar.
O 2º turno acontecerá em 18 de maio, entre George Simion (Aliança para a Unidade dos Romenos, direita) e Nicusor Dan (sem partido).
Ciolacu declarou que decidiu renunciar para evitar que o futuro presidente o substituíse e alegou que a coalizão "já não tem legitimidade na sua forma atual", visto que os candidatos que avançaram representam a oposição.
Em relação ao apoio no 2º turno, ele afirmou que seu partido não irá apoiar nenhum candidato e que cada eleitor deve votar pela sua "consciência".
O presidente interino, Ilie Bolojan, aceitou a renúncia e um novo primeiro-ministro interino será nomeado em 6 de maio.
No contexto das eleições, surgiu o conceito de efeito anti-Trump, que se refere à queda de apoio popular a líderes alinhados com o presidente dos EUA, Donald Trump, em diversas partes do mundo.
Na Romênia, no entanto, George Simion obteve 40% dos votos válidos no 1º turno, superando Nicusor Dan, que recebeu 20%. Isso desafiou a tendência global, já que o apoio a Simion se deve ao seu distanciamento em questões tarifárias e culturais dos EUA, além do descontentamento com a UE.