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Prepare o bolso: Preço da comida deve superar inflação por mais tempo, diz FGV

Estudo do Ibre revela que alterações climáticas e foco em culturas de exportação comprometeram a produção alimentar no Brasil. A desaceleração no crescimento da oferta de alimentos resulta em alta acentuada nos preços, afetando especialmente a população de baixa renda.

Produção de alimentos no Brasil enfrenta dificuldades devido a condições climáticas e mudanças no uso da terra, resultando em aumento dos preços.

A análise, parte da Carta do Ibre do Instituto Brasileiro de Economia (FGV), afirma que esses fatores explicam a inflação dos alimentos, que subiu 7,25% em 12 meses, superando o índice geral de 4,56% do IPCA.

Between 2012 e 2024, a alimentação no domicílio registrou alta de 162%, enquanto a inflação geral foi de 109%. Este descolamento é associado às mudanças climáticas e à desvalorização cambial, que ampliam a exportação de commodities.

Políticas de incentivo ao consumo, como o aumento do salário mínimo e do Bolsa Família, também têm pressionado a demanda.

  • Crescimento da produção agrícola mundial: de 2,6% na década de 90/2000 para 1,9% na dos anos 2010.
  • Perda na produção de alimentos: área plantada aumentou, mas focou em soja e milho, enquanto cultivos alimentares diminuem.
  • Aumento nos preços: frutas (299%), hortaliças (246%), cereais (217%) – todos acima da inflação geral.
  • Produção de carne: disponibilidade caiu de 39,9 kg/habitante em 2017 para 36,1 kg/habitante em 2023.

A Carta do Ibre destaca que a alta nos preços dos alimentos é um fenômeno duradouro e recomenda políticas de suprimento e segurança alimentar. O governo, em resposta ao problema, está adotando medidas como a isenção de impostos sobre alimentos importados e espera que a supersafra de 2024/25 ajude a controlar a inflação.

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