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Presidente da CNBB diz que desafio do novo papa será pregar numa 'sociedade marcada pelo medo'

Jaime Spengler, arcebispo brasileiro e presidente da CNBB, representa a América Latina no conclave do Vaticano. Ele reflete sobre o legado do papa Francisco e os desafios da Igreja na atualidade.

Arcebispo brasileiro Jaime Spengler, de 64 anos, é destacado como a figura mais importante da América Latina no colégio de cardeais. Desde 2023, ele preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Celam.

Em entrevista à BBC News Brasil em 25 de abril, Spengler, que foi ordenado padre em 1990 e cardeal em dezembro de 2022, comentou sobre a importância do seu papel no conclave que será realizado em maio.

Ele compartilhou lembranças de seu primeiro encontro com o papa Francisco em 2013 e destacou a coragem do papa em assumir a liderança da Igreja em um período difícil.

Sobre a expectativa do próximo papa, Spengler enfatizou a necessidade de uma linguagem adequada para abordar os desafios atuais da sociedade, como conflitos globais e questões sociais.

Spengler também elogiou a abordagem de Francisco na construção de pontes com diversas realidades, afirmando que o futuro papa deve continuar essa missão. Ele reconheceu que sua voz representa a maior população católica do mundo e a América Latina, conferindo-lhe peso político no conclave.

Ao falar sobre os problemas que o futuro papa deverá priorizar, destacou a importância da transmissão da fé para as novas gerações e a necessidade de envolver a juventude em um diálogo adequado à sua realidade.

Spengler refletiu sobre seus encontros com Francisco, ressaltando características como simplicidade e capacidade de escuta. Ele finalizou afirmando que a liderança da Igreja deve ser guiada pelo Espírito Santo, sem a expectativa de que o próximo papa precise ser um sucessor direto de Francisco.

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