Presidente da Comissão Europeia sobrevive a moção de censura no Parlamento Europeu
Após rejeição da moção de censura, Ursula von der Leyen enfrenta pressão crescente de parlamentares sobre sua liderança. Críticas se intensificam após suas concessões a extremistas e decisões controversas na política imigratória e climática.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, sobreviveu a uma moção de censura no Parlamento Europeu nesta quinta-feira (10). A proposta, liderada por partidos de extrema direita, foi rejeitada por 360 deputados - número necessário para aprovação.
Dos 719 deputados, 553 compareceram para votar. Enquanto 175 votaram a favor do afastamento, 18 se abstiveram.
Conservadores, sociais-democratas, liberais e verdes expressaram descontentamento com os acenos de Von der Leyen a extremistas. A líder da UE propôs legislation que endurece a política imigratória e flexibiliza metas climáticas, justificando como uma postura pragmática.
A presidente não compareceu à votação, participando de uma conferência em Roma. Ela fez promessas para garantir apoio, especialmente ao partido Socialistas e Democratas, que condicionou seu apoio a compromissos com programas sociais para o próximo orçamento da UE.
O eurodeputado René Repasi declarou que Von der Leyen finalmente compreendeu a situação no Parlamento. A missão de enviar recados também foi mencionada por Gheorghe Piperea, que propôs a moção, afirmando que a intenção era mostrar que ela pode ser destituída.
A proposta foi fundamentada em alegações de que Von der Leyen teria negado fornecer mensagens de texto trocadas com um executivo da Pfizer durante a pandemia, algo contestado por ela durante os debates.
A líder do socialistas e democratas, Iratxe García Pérez, enfatizou que Von der Leyen precisa mostrar maior compromisso com as prioridades europeias, como o crescimento econômico e justiça social, que estão sob contestação pela extrema direita.
Até o momento, a presidente não convenceu os eurodeputados de que pode seguir um caminho pelo centro.