Presidente da Febraban ressalta importância de gestão centralizada de consignação

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, elogiou o novo consignado privado lançado pelo governo federal.

Segundo ele, cerca de 25% do público que contrata crédito pessoal sem garantia poderá utilizar o novo produto, representando aproximadamente R$ 85 bilhões.

"Temos uma visão otimista sobre este crédito consignado, que incluirá trabalhadores da iniciativa privada em uma linha de crédito mais barata e desburocratizada," afirmou Sidney.

Ele destaca que o crédito consignado é uma operação de longo prazo, proporcionando maior previsibilidade financeira aos trabalhadores.

Sidney também ressaltou que o principal avanço para as instituições financeiras será um processo unificado e centralizado de gestão da consignação.

No entanto, fontes da indústria indicam que os primeiros meses serão de ajustes nos fluxos do novo produto, com a previsão de utilização de 10% do saldo do cliente no FGTS.

A gestão da Caixa, responsável pelo fundo, não operacionalizou essa transação até agora, mas o governo pretende implementar isso até julho.

A MP apresenta imprecisões sobre o que é consignação obrigatória e voluntária, gerando incertezas sobre prioridades de descontos em salário, que envolverão operadoras de saúde e advogados de direito de família.

Estima-se que cerca de 7,5 milhões de pessoas estejam pagando pensão alimentícia no Brasil, em contraste com apenas 3,8 milhões com crédito consignado atualmente.

O novo público-alvo do governo é de 47 milhões de pessoas, mas não há uma jurisprudência clara sobre a prioridade dos descontos, como pensões versus empréstimos.

Uma fonte destaca que, com a abrangência do novo consignado a um público mais fragilizado, a questão dos descontos para pensão e planos de saúde ganhará mais importância.