Presidente do BB irrita STF por postura sobre sanções dos EUA e procura ministros para conter danos
Ministros do STF criticam proposta da presidente do Banco do Brasil sobre sanções dos EUA. Insatisfação cresce diante da falta de ação clara da dirigente para lidar com a crise.
Ministros do STF estão insatisfeitos com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, devido às sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes.
A irritação começou após Tarciana sugerir a abertura de contas em cooperativas de crédito para os ministros do Supremo.
A proposta foi recusada pelos ministros, revelado por colunista da Folha. Além disso, Tarciana ofereceu cartões Elo aos ministros visados pelas sanções.
Até o momento, Moraes é o único alvo da Lei Magnitsky, e a oferta de cartões se estendeu a outros ministros.
Ministros criticam a atuação de Tarciana, avaliando que ela demorou para definir um plano de ação diante da crise. Um ministro comparou sua atuação a uma enfermeira que ignora a crise.
Para minimizar o descontentamento, Tarciana contatou ministros do Supremo e enviou mensagens negando que informações veiculadas na mídia fossem oficiais do banco.
Na quinta-feira, Moraes afirmou a interlocutores que não possuía cartões do Banco do Brasil. A instituição se absteve de comentar para evitar quebra de sigilo.
Apesar da insatisfação, ministros afastaram ideias de descontentamento com Tarciana, mas expressaram incômodo com notícias desencontradas.
O episódio ocorre em um contexto de interesse de parlamentares do centrão por sua cadeira, embora Tarciana receba apoio de outros integrantes do governo e do presidente Lula.
Tarciana Medeiros, primeira mulher a presidir o Banco do Brasil, é funcionária da instituição desde 2000 e tomou posse em janeiro de 2023.