Presidente do Corinthians é indiciado em esquema ligado à casa de apostas
Presidente do Corinthians e mais três pessoas são indiciados por crimes relacionados a irregularidades em contrato de patrocínio. Investigação aponta para desvio de recursos e associação criminosa envolvendo o Primeiro Comando da Capital.
Polícia Civil de São Paulo indiciou o presidente do Corinthians, Augusto Melo, e mais 3 pessoas por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O indiciamento ocorreu em 22 de maio de 2025, relacionado a irregularidades no contrato com a casa de apostas VaideBet. A investigação revelou repasses indevidos para a empresa UJ Football Talent, ligada ao PCC.
Além de Melo, foram indiciados:
- Ex-diretor administrativo: Marcelo Mariano
- Ex-superintendente de marketing: Sérgio Moura
- Proprietário da empresa intermediária: Alex Cassundé
O relatório indicou desvio de recursos do Corinthians, com envolvimento direto de Melo e dos demais dirigentes. O contrato entre o Corinthians e a VaideBet é de R$ 360 milhões, com uma comissão de 7%, cerca de R$ 25 milhões.
A defesa de Melo contestou as acusações e afirmou que ele não tem envolvimento. O Corinthians também declarou não ter evidências de autoria nos fatos investigados.
O caso do Vai de Bet poderá influenciar na votação de impeachment de Augusto Melo, marcada para 26 de maio. Melo já enfrenta quatro pedidos de destituição, e o inquérito identificou a criação de um “negócio jurídico simulado” para furtar valores do clube.
A pena para os crimes mencionados é severa, podendo variar de 2 a 8 anos de reclusão para furto qualificado e de 1 a 3 anos para associação criminosa.
O desdobramento dessa situação poderá ter grandes consequências para o Corinthians e seus dirigentes.