Presidente do Ibama diz não ter prazo para decidir sobre Margem Equatorial: 'Parecer ainda não veio para mim'
Decisão sobre licença para exploração de petróleo pela Petrobras no Amapá ainda é incerta. Enquanto a pressão política aumenta, o presidente do Ibama aguarda parecer técnico antes de tomar qualquer ação.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou que não pode afirmar se a licença para a Petrobras será liberada em março. A empresa busca autorização para explorar petróleo na Margem Equatorial, Amapá.
Agostinho foi questionado sobre prazos durante visita ao Palácio do Planalto e disse: "Estamos aguardando um parecer técnico que ainda não é público".
Apenas foi autorizada a limpeza de uma sonda de perfuração da Petrobras, classificada como "ato de rotina" devido a uma espécie invasora.
Davi Alcolumbre, presidente do Senado, celebrou a liberação da limpeza, considerando um “passo fundamental” para a licença ambiental.
Agostinho estava no Planalto para discussão sobre incêndios no Pantanal e Amazônia, prevista para audiência no Supremo Tribunal Federal.
Técnicos do Ibama recomendaram a negação da licença, mas a decisão final cabe ao presidente, que avaliará outras informações.
O entorno presidencial pressiona por agilidade na licença, visando evitar protestos durante a COP30 em novembro, caso a autorização ocorra em período próximo ao evento.
A Petrobras teve a licença negada em 2023 e agora aguarda análise de recurso no Ibama, que até o momento não encontrou justificativas para reverter a decisão.
Na Margem Equatorial estima-se haver 30 bilhões de barris de petróleo, região estratégica para a Petrobras diante das descobertas na Guiana e Suriname.