Presidente do INSS fala em usar dinheiro público para pagar descontos
Governo estuda ressarcir aposentados com recursos públicos após identificar descontos indevidos em benefícios do INSS. Estima-se que 4 milhões de benefícios foram afetados, totalizando prejuízos de R$ 6,3 bilhões.
Governo federal considera usar dinheiro público para recuperar recursos de aposentados e pensionistas do INSS, após esquema de descontos indevidos.
Estima-se que 4 milhões de pessoas tenham sido afetadas, resultando em R$ 6,3 bilhões em descontos irregulares de 2019 a 2024, segundo a CGU.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que o número real de vítimas pode ser menor. O governo avalia incluir órgãos como Correios e cartórios para ajudar na recuperação dos recursos.
A orientação do presidente Lula é facilitar a devolução para os usuários, utilizando canais como o Meu INSS e a Central 135. A devolução via folha de pagamento é considerada a forma mais segura, mas demora.
A Polícia Federal iniciou a operação Sem Desconto em 23 de abril de 2025, realizando 211 mandados de busca e apreensão e 6 prisões temporárias. O foco são descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
A CGU apurou que muitas entidades não tinham autorização para os descontos, e 70% das entidades analisadas não apresentaram documentação completa ao INSS.
O governo suspendeu Acordos de Cooperação Técnica com 11 entidades e os descontos nos pagamentos. Aposentados podem solicitar a exclusão desses débitos pelo aplicativo Meu INSS.