Presidente dos Correios pede demissão após prejuízo de R$ 1,7 bilhão no 1º trimestre; cargo é cobiçado por Alcolumbre

Fabiano Silva pede demissão da presidência dos Correios nesta sexta-feira (4). A empresa enfrentou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano e a pressão por sua saída vinha aumentando.

A carta de demissão foi entregue ao chefe do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Santana Ribeiro, durante a Cúpula do Brics no Rio. A oficialização da saída ocorrerá após reunião entre Lula e Silva na próxima semana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tenta colocar aliados tanto nos Correios quanto no Banco do Brasil (BB). Alcolumbre já discutiu isso com Lula, embora o presidente resista a demitir Tarciana Medeiros, atual presidente do BB, bem avaliada no Planalto.

A situação nos Correios se agravou por mudanças implementadas por Silva, que descontentaram empresas de transportes e o Congresso. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também pressionou pela demissão, sendo que ambos tiveram uma discussão acalorada sobre cortes de gastos.

Em 2024, os Correios registraram um >prejuízo total de R$ 2,6 bilhões, o que representa quatro vezes mais do que o rombo do ano anterior. A situação piorou com a introdução da taxa das blusinhas para importação, que impactou negativamente a empresa.

Silva culpou o prejuízo também pela herança do governo Jair Bolsonaro, enquanto se via cada vez mais criticado.

Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Carolina Ferreira