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Presidente interino de Burkina Faso ganha força na África apos discurso contra o imperialismo

Ibrahim Traoré, que chegou ao poder em meio à instabilidade no Sahel, tem promovido uma agenda antiimperialista e pan-africanista. Suas ações, incluindo a expulsão de tropas francesas e parcerias com potências como Rússia e China, refletem uma busca por autonomia em um contexto marcado por crescente violência e descontentamento popular.

Ibrahim Traoré, presidente interino de Burkina Faso, destaca-se no cenário africano por seu discurso contra o imperialismo e a favor do pan-africanismo. Ele se inspira em líderes anticoloniais, como Thomas Sankara, e agradece aos apoiadores de sua visão por um país livre de influências externas, especialmente após frustrar um golpe em abril de 2023.

Assumindo o poder em setembro de 2022, Traoré entrou em um ambiente de instabilidade no Sahel, enfrentando levantes. Sua administração atrai atenção internacional, provocando reações de potências ocidentais, como Estados Unidos e França.

Principais iniciativas de Traoré incluem:

  • Expulsão das tropas francesas;
  • Nacionalização de recursos minerais;
  • Parcerias com Rússia e China.

Com uma população de cerca de 23 milhões, Burkina Faso enfrenta uma crise de segurança, lutando contra grupos terroristas islâmicos há 15 anos. Traoré, formado em geologia, é visto como símbolo de mudança na região, comparado a Che Guevara na América Latina, e conta com forte respaldo popular.

Historiadores notam que Traoré busca resgatar o pan-africanismo e desvincular-se dos interesses franceses, refletindo a insatisfação com a economia colonial e a luta contra o terrorismo. Sua ascensão responde à frustração popular com a situação econômica e a insegurança.

Apesar das críticas de seu governo, rotulado como ditadura, especialistas argumentam que regimes anteriores não eram verdadeiramente democráticos. Desde a chegada de Traoré ao poder, o terrorismo em Burkina Faso aumentou, com o número de mortes triplicando em comparação aos 18 meses anteriores ao golpe. Ele defende que o terrorismo é consequência do imperialismo e ressalta a necessidade de um exército forte para promover o desenvolvimento do país.

Publicado por Sarah Paula

Reportagem produzida com auxílio de IA

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