Presidente não conseguirá governar em 2027 com atual arcabouço fiscal, diz Tebet
Simone Tebet alerta para a urgência de um ajuste fiscal antes de 2027 para evitar obstáculos econômicos. Ela destaca uma "janela de oportunidade" no final de 2026, após as eleições, para implementar cortes de gastos necessários.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo federal não conseguirá governar em 2027 com o atual arcabouço fiscal. Ela vê uma “janela de oportunidade” no final de 2026 para ajustes nas contas públicas.
Tebet destacou que é difícil aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso até 2026, devido às preocupações dos parlamentares com a reeleição. Assim, os últimos dois meses do próximo ano, após as eleições, seriam propícios para discussões sobre contenção de gastos.
Ela defendeu a importância de agir em novembro e dezembro de 2026, com um dever fiscal de cortar gastos e implementar um arcabouço mais rigoroso.
A ministra também fez críticas ao governo após as eleições de 2022, quando foi necessário apresentar a “PEC da Transição” para restabelecer políticas como o Bolsa Família.
Tebet reafirmou o compromisso com a meta fiscal de déficit primário zero para este ano e elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua defesa da responsabilidade fiscal.
Além disso, a ministra apoiou a medida para zerar a alíquota de importação de certos alimentos, visando reduzir preços e recuperar a popularidade do presidente Lula. Os produtos afetados incluem carne, café, açúcar e milho.
A iniciativa foi anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin como parte de um “primeiro” conjunto de medidas.