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Preso entre tarifas de Trump e China, México se adapta às mudanças dos EUA

Empresas mexicanas buscam se adaptar às tarifas comerciais dos EUA ao fortalecer cadeias de suprimentos locais. A prioridade agora é aumentar a produção e reduzir a dependência de fornecedores asiáticos.

Fábrica no México se adapta a tarifas americanas

A fábrica localizada no norte do México foi criada para abastecer o mercado americano. Aproximadamente 80% de seus produtos, como aparelhos de ar-condicionado, são enviados para os Estados Unidos.

As tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump ameaçaram o negócio, mas a empresa Danfoss criou um plano de adaptação. Antes das tarifas, 40% das exportações estavam sob um pacto comercial assinado por Trump, o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).

Após a suspensão das tarifas, a empresa buscou fornecedores mexicanos e analisou produtos que já cumpriam as regras do pacto. Xavier Casas, supervisor da fábrica em Apodaca, afirmou que as empresas precisam se adaptar e repensar suas estratégias comerciais.

Hoje, praticamente todas as exportações da Danfoss para os EUA estão em conformidade com o USMCA. A fábrica está considerando fabricar componentes localmente, reduzindo a dependência de suprimentos da Ásia.

Apesar das tentativas de trégua entre os EUA e a China, a incerteza persiste e analistas acreditam que as tarifas provavelmente permanecerão em níveis altos enquanto Trump estiver no cargo.

Muitas empresas mexicanas estão se alinhando aos interesses dos EUA, enxergando as tarifas como um incentivo para fortalecer a manufatura na América do Norte. O Ministério da Economia do México reporta que cerca de 87% das exportações mexicanas estão livre de tarifas, com poucos impactos negativos até agora.

A pressão das tarifas levou algumas empresas a reconsiderar suas cadeias de suprimentos. Emmanuel Loo, secretário de economia interino de Nuevo León, declarou que o estado busca atrair empresas que comprem localmente.

Embora muitos produtos eletrônicos ainda venham da China, o objetivo é diminuir essa dependência, com foco em se tornar cada vez mais norte-americano.

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