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Pressão de Trump para incluir Bolsonaro em negociação impede avanço do diálogo, avalia governo Lula

A expectativa é de que nova rodada de negociações com os EUA não traga resultados positivos. O governo brasileiro teme novas sanções e a insistência de Trump em incluir Bolsonaro nas discussões complexifica a situação.

Pessimismo em Brasília cresce com a falta de resposta do governo dos EUA aos pedidos de negociação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A avaliação é que Donald Trump aceitará conversar apenas se a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro for incluída no diálogo.

Na próxima quarta-feira, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reunirá com Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, para discutir a ampliação da lista de produtos isentos da sobretaxa de 50%.

O Brasil teme que os EUA adotem novas sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, após sua decisão de decretar prisão domiciliar a Bolsonaro.

Recentemente, a Embaixada dos EUA criticou Moraes e indicou que mais sanções estão sendo consideradas. O ministro já enfrenta bloqueios bancários e teve seu visto suspenso.

A situação eleitoral no Brasil é central, e Trump deseja que um aliado ideológico como Bolsonaro ganhe em 2026.

Lula se recusa a conversar com Trump se Bolsonaro estiver incluído na negociação, uma condição reiterada por autoridades brasileiras.

Os EUA surpreenderam ao defender Bolsonaro, levando a expectativas de tarifas e investigações sobre práticas desleais. O Brasil apresentará um relatório sobre diversas questões em breve.

Interlocutores brasileiros acreditam que os EUA não são mais um parceiro confiável. A política de Trump é vista como uma tática de terror contra opositores.

Lula também conversou com Narendra Modi e planeja falar com Xi Jinping. Contudo, não há intenção de uma posição conjunta do Brics por conta das diversas realidades dos países membros.

Prioridades do governo incluem ajudar setores impactados pela sobretaxa de Trump e buscar novos mercados, com México e Canadá sendo parceiros chave.

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