Pressão de Trump sobre o Fed não tem precedentes, dizem especialistas
A demissão de Lisa Cook pelo presidente Trump representa uma escalada sem precedentes nas tensões entre a Casa Branca e o Federal Reserve. Especialistas alertam que essa ação pode minar a confiança nas instituições econômicas e afetar a política monetária dos EUA.
Presidente dos EUA, Donald Trump, intensifica ataques ao Fed
Desde o início de seu segundo mandato, Donald Trump tem criticado publicamente o Fed e seu presidente, Jerome Powell, buscando baixar as taxas de juros para 1%.
No dia 25 de setembro, Trump anunciou a demissão da diretora Lisa Cook, a primeira mulher negra do conselho do Fed, com "efeito imediato". A demissão representa um dos maiores desafios à independência do banco central dos EUA em 74 anos.
Cook prometeu resistir à demissão, afirmando que Trump "não tem autoridade" para afastá-la. Especialistas consideram a ação de Trump sem precedentes e uma ameaça à democracia econômica dos EUA.
Em resposta à demissão, analistas e investidores demonstraram preocupação. David Wessel advertiu que Trump parece determinado a controlar o Fed, o que afeta a confiança nas políticas econômicas.
Após a demissão, os investidores venderam títulos do Tesouro de longo prazo, elevando rendimentos e fazendo o dólar cair.
Trump já indicou dois membros do Fed durante seu primeiro mandato e, caso consiga destituir Cook, teria controle sobre o conselho de sete membros. Isso poderia levar a mudanças significativas na política monetária.
Cook planeja buscar uma liminar para contestar sua demissão, possivelmente levando o caso à Suprema Corte.
A estratégia de Trump de atacar o Fed gera comparações com líderes autoritários, levantando preocupações sobre a credibilidade institucional e a confiança no sistema econômico dos EUA.